Home / Opinião / Vá pensamento, sobre as asas douradas – por José Guimarães Monforte

Vá pensamento, sobre as asas douradas – por José Guimarães Monforte

Estava aqui preparando o texto de meu quinto artigo da séria Cidadania, que seria a sequencia indicada em meu último texto e, de repente,  recebi de um amigo, o vídeo da cantora Nana Mouskouri, interpretando a música Vá Pensiero ou Vá, pensée, em francês, celebrando os 80 anos da expulsão dos invasores alemães de Paris.

Essa ária da Ópera Nabucco, de Giuseppe Verdi, me comoveu, pelo que ela evoca: LIBERDADE.

Fiquei então intrigado sobre o por quê  essa música teria vindo  a mim neste  momento, e resolvi então fazer uma breve pesquisa sobre ela , e obtive este comentário que me agradou demais e desejo compartilhar aqui.

“ ‘Vá pensiero’, não é apenas um lamento; é também um hino de esperança e resistência, um lembrete de que mesmo nos momentos mais difíceis, a memória e a cultura de um povo podem ser fontes de poder e inspiração.”

A música não fala de resignação, ,mas de resistência. É um chamado a dizer BASTA a tudo que aprisiona uma nação ao atraso.

Deixei então um pouco de lado a preparação do artigo sobre a construção da Visão País II, para me deixar levar por esse sentimento que entendo estar presente, neste momento, no seio da sociedade brasileira, na mente e coração de seus cidadãos.

Livrar-nos de tudo o que tem acontecido em nossa pátria, e que nos tem impedido de realizar o nosso potencial de desenvolvimento social e  econômico.  

Livrar-nos de manipulações da verdade, de prioridades privadas, de individualismos, porque nossa Carta Magna foi escrita com o objetivo de balizar a busca do bem estar comum. Essa é a vontade soberana de todo o povo brasileiro, e a ela devem se submeter os interesses dos agentes públicos, que tem a delegação de legislar sobre ela, de executar seus preceitos, e de proteger sua integridade.

Como diz a bela canção, não se trata de lamento e sim de uma atitude de esperança e resistência, à tudo aquilo que nos tem levado à estes momentos difíceis. É mesmo um basta à esse ciclo que já se estende por pelo menos duas décadas.

É sobre essa nossa memória, que até pouco tempo atrás oferecia ao mundo um pais unido, um povo criativo e acolhedor, que devemos resgatar o nosso orgulho de ser brasileiros.

Trazer de volta os elementos essenciais de nossa cultura, que é essencialmente centrada na diversidade, tão importante neste mundo polarizado no qual nos encontramos envolvidos, dentro e fora de nosso país.

Para isso temos que nos assenhorear do poder que a soberania do povo, que caracteriza uma verdadeira democracia , nos inspirar na nossa cultura e historia, e tomar o rumo da Liberdade, renunciando a tudo o que não queremos, e explicitando a Visão do País que queremos.

Nenhum país alcança seu destino apenas reagindo às urgências momentâneas.

O primeiro passo é compreender que sem cultura institucional sólida não há futuro coletivo confiável.

São os seguintes os pilares essenciais  que acredito devam estar presentes em  uma Visão País, e que nos libertam desse ciclo deplorável recente:

  1.  Recuperação da Cultura Institucional, com o resgate da impessoalidade, da responsabilidade e do espírito publico; com o fim da apropriação do Estado por interesses privados ou partidários; com instituições estáveis, previsíveis e respeitadas, como alicerces da convivência democrática.
  2. Educação como projeto nacional;
  3. Economia a serviço do desenvolvimento inclusivo;
  4. Integração social e COESÃO nacional;
  5. Posicionamento Global responsável;
  6.  Integridade e combate à corrupção sistêmica;
  7. Justiça para todos, acessível, eficiente, e respeito aos diretos fundamentais;
  8. Inovação e Futuro

A busca deverá ser  por um Pacto Cultural e Cívico que atravesse gerações.

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *