Home / Política / Quem não gosta de batata frita? Por Luiz Pesce Arruda

Quem não gosta de batata frita? Por Luiz Pesce Arruda

Quando estagiei na DPZ, no final do curso de publicidade na ESPM, com o genial Washigton Olivetto, ele me disse: – Tem certas coisas óbvias que nem precisa perder tempo em pesquisar. Ex: Quem gosta de batata frita?”. Marçal é mais um aventureiro que fala generalidades obvias. Quem não quer o final da corrupção? Quem não quer uma cidade mais segura? Quem não quer que ninguém esteja morando em situação de rua? Quem não quer uma cidade limpa e ordeira? Daí a colocar a ideia generica em prática vai um longo caminho, ou, como se diz na terra do meu avô: de dire a fare, va mezzo mare, ou seja, entre falar e fazer há meio oceano. Não conhece a cidade, com sua complexidade, riqueza, diversidade e vulnerabilidades – que tem a complexidade de um país, dentro do Brasil -, é disruptivo, sem experiência em gestão pública, uma legislação que tem milhares de posturas, algumas remanescentes dos tempos coloniais, não sabe o que é trabalhar com servidores públicos com hábitos arraigados de 45 anos de carreira, negociar com o Legislativo, responder ao TCM que breca muitas iniciativas, responder ações do MP e Judiciário, montar quadros para governar, enfrentar a militância do quanto pior, melhor.
Pensa que é facil? O cel Camilo, Subprefeito da Sé, com toda sua experiência e cuidado com as pessoas, está respondendo a vários processos por desrespeitar moradores em situação de rua. Afirmo que isso é mentira, mas ele continuará respondendo, pagando advogado, até provar, anos depois, sua inocência. Todo mundo que trabalhou em subprefeitura conhece bem isso. Tudo trava. Por isso mesmo, O ex-presidente Bolsonaro, avaliando que a atual gestão vai muito bem e atua em estreita cooperação com o governador Tarcisio, indicou o cel Mello Araujo como vice do Ricardo Nunes – cel da PM, já testado com sucesso ao longo de uma vida no serviço público, culminando com sua corajosa e bem sucedida gestão no CEAGESP. Chega de aventuras dorianas em São Paulo, onde o cidadão aventureiro e outsider, vaidoso e descompromissado, vem com um papinho genérico, enganoso e palatável, não sabe nada da Cidade, e usa o cargo para expandir seu network. Depois de um tempinho, dá tchau e vai ganhar mais dinheiro. E a cidade? Ora, a cidade..

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *