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Ética, honra e amor incondicional à profissão – por Sorayah Câmara

É uma exigência o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil para o exercício da profissão de advogado.


A Ordem dos Advogados do Brasil é como um porto seguro para aqueles que creem na justiça dos homens em um Estado Democrático.


A Ordem é uma instituição sociopolítica que foi criada para sempre lutar pelos princípios democráticos e sociais e velar pelo pensamento constitucional.


A missão da Ordem é difícil e exige abnegação e coragem para os seus valores serem preservados à custa de muita luta.


A Ordem foi criada por meio do Decreto nº 19.408, em 18 de novembro de 1930 e os seus valores não foram corroídos pelo tempo.


A luta visando à criação da Ordem é antiga, vem desde o Império.


A instalação das duas primeiras Faculdades de Direito no Brasil (São Paulo e Olinda) ocorreram em 1827.


O patrono da advocacia brasileira, Rui Barbosa, foi o grande representante do direito democrático e da defesa das liberdades individuais, com destaque para a abolição da escravatura e a instituição da República no Brasil.


A Ordem em busca dos ideais democráticos, alguns anos após a sua criação, combateu bravamente a ditadura imposta por Getúlio Vargas em favor dos direitos e liberdades, principalmente no tocante às prisões arbitrárias, sob a justificativa de segurança nacional.


A Ordem sempre esteve presente e atuante nos fatos decisivos que marcaram a vida do Brasil e a carreira de advocacia, mantendo a honradez e nobreza inerentes à sua própria função e existência.


Na época da ditadura militar que durou quase trinta anos, a Ordem também foi sufocada, assim como o Judiciário, mas alguns brilhantes e corajosos advogados continuaram a preservar os princípios garantistas em defesa dos presos políticos apesar do medo que permeava a classe.


A Ordem participou ativamente do movimento de redemocratização que culminou com o apelo geral das “Diretas Já” e na entrega do País a um civil por meio de eleições diretas e livres.


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) teve atuação decisiva na elaboração das propostas constitucionais e na preservação dos direitos humanos da Constituição Cidadã, em 1988.
Desafortunadamente, o aumento desenfreado de cursos jurídicos pelo Brasil é responsável pelo despreparo de milhares de pretendentes a se tornarem profissionais de advocacia.


Muitos jovens nas faculdades não tiveram uma boa formação educacional fundamental e sofrem para compreender e alcançar a importância do Direito e da profissão num contexto ético e moral necessário.


Nasce, assim, o descrédito, muitas vezes, para a profissão de advogado!


A profissão, antes tão honorável, às vezes, é maculada e ridicularizada pela mídia, não somente em seus programas jornalísticos, como também, até em telenovelas.


Faz-se necessário resgatar a honra, a ética e o amor incondicional à profissão!


Enfim, a exigência do Exame da Ordem para atuar na profissão é legal, moralmente necessário para garantir o mínimo de qualidade e responsabilidade com a advocacia e com o próximo.

“A justiça cega para um dos dois lados, já não é justiça. Cumpre que enxergue por igual à direita e à esquerda”. Rui Barbosa (1849-1923), jurista, advogado, jornalista, escritor e diplomata.

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