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Déficit de Sono Pode Levar à Queda da Testosterona: Entenda a Relação. Por Dr.Levon Mekhitarian Neto

Dormir bem é essencial para a saúde, e a ciência tem mostrado que a privação de sono pode afetar muito mais do que o humor ou a produtividade. Um dos impactos menos comentados — mas extremamente relevantes — está nos níveis de testosterona, o principal hormônio sexual masculino, que também desempenha papel importante na energia, humor, massa muscular e saúde óssea.

A testosterona e seu papel no organismo

A testosterona é produzida principalmente nos testículos e, além de regular as características sexuais masculinas, ela influencia diretamente a força muscular, a densidade óssea, a produção de espermatozoides e até a capacidade de concentração. Embora seja natural que seus níveis diminuam gradualmente com a idade, fatores como estresse, alimentação inadequada e, sobretudo, a má qualidade do sono, podem acelerar essa queda.

O que a ciência diz sobre o sono e os hormônios

Diversos estudos têm apontado que o sono profundo, especialmente o estágio REM (aquele em que ocorrem os sonhos), é crucial para a regulação hormonal. Durante a noite, os níveis de testosterona aumentam significativamente, atingindo seu pico nas primeiras horas da manhã.

Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) mostrou que homens jovens, saudáveis, submetidos a apenas uma semana de sono restrito (menos de 5 horas por noite) tiveram queda de até 15% nos níveis de testosterona. Para efeito de comparação, o declínio natural relacionado à idade é de cerca de 1% ao ano após os 30 anos — ou seja, uma semana mal dormida pode equivaler a mais de uma década de envelhecimento hormonal.

Sintomas da baixa testosterona

Os sinais da deficiência de testosterona podem variar, mas incluem:

  • Fadiga persistente
  • Diminuição da libido
  • Dificuldade de ereção
  • Perda de massa muscular
  • Mudanças de humor, como irritabilidade e depressão
  • Dificuldade de concentração

A importância de um sono de qualidade

Para manter os níveis hormonais em equilíbrio, especialistas recomendam de 7 a 9 horas de sono por noite, com boa qualidade — ou seja, sono contínuo, em ambiente escuro e silencioso, sem interrupções frequentes.

Além disso, evitar o uso de telas antes de dormir, reduzir o consumo de cafeína à noite e manter horários regulares para dormir e acordar são estratégias simples que podem fazer grande diferença.

Conclusão

A ligação entre sono e testosterona é mais forte do que muitos imaginam. Investir em noites bem dormidas não é apenas uma questão de descanso: é uma estratégia vital para manter a saúde física, mental e hormonal em dia. Antes de pensar em suplementos ou tratamentos, vale a pena olhar para a qualidade do seu sono

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